Vigilância Sanitária inicia Operação Semana Santa
A partir desta quinta-feira (05/03), equipes da Vigilância Sanitária do Rio começam a visitar estabelecimentos que comercializam alimentos típicos das comemorações da Semana Santa, para inspeção e orientação dos proprietários sobre as condições sanitárias do local e o acondicionamento ideal do que será comercializado.
As inspeções serão realizadas até o Domingo de Páscoa (05/04). Durante todo o período da operação, as ações serão intensificadas nos locais de produção e comercialização de pescado fresco, salgado e seco (em especial o bacalhau), bem como de ovos de Páscoa, chocolates e colomba pascal. Serão verificadas as condições de higiene, de conservação e qualidade dos produtos.
Os pontos prioritários das inspeções serão as fábricas de chocolate, supermercados, mercados, peixarias e distribuidores, bem como os pontos de venda de pescados e ovos de Páscoa em bombonieres e lojas de departamento.
As embalagens e a rotulagem dos produtos, as condições higiênico-sanitárias de armazenamento, o fracionamento, a manipulação e o modo de exposição para a venda serão os principais quesitos a serem avaliados.
Serão desenvolvidas ações específicas em grandes centros de comercialização desses alimentos, como Cobal Leblon, Cobal Humaitá, Mercado do Produtor da Barra, Ceasa, e as associações de pescadores do Pontal, da Praia dos Amores, da Praia de Ramos, Pedra de Guaratiba, Posto 6, dentre outras.
Todos os estabelecimentos receberão inspeções de cunho educativo. No entanto, o estabelecimento que não seguir as orientações iniciais receberá multas e poderá ser até interditado, sem previsão de reabertura. Já os alimentos considerados inadequados serão imediatamente inutilizados.
O objetivo das inspeções educativas é diminuir o número de infrações e de riscos a cariocas e turistas. Na ação do ano passado, foram 1.430 quilos de alimentos inutilizados, 59 multas emitidas e três estabelecimentos interditados. Números menores que a operação de 2013, que teve 1.567 quilos de alimentos inutilizados, 90 multas e nove interdições.
A coibição da comercialização de produtos impróprios também pode ser feita pela população, através de denúncias à central de atendimento 1746. Todas as demandas serão encaminhadas aos técnicos da Vigilância Sanitária, que comparecerão aos estabelecimentos denunciados, para avaliarem as condições higiênico-sanitárias e, caso necessário, aplicarem as penalidades previstas em lei.
Bacalhau e pescado tipo bacalhau
O bacalhau receberá uma atenção especial, por ser um alimento muito consumido nesse período e exigir cuidados na pesca, limpeza, método de salga, controle da temperatura e umidade, armazenamento, transporte e distribuição.
Os técnicos da Vigilância Sanitária estão de olho nos peixes comercializados como bacalhau e que não são da espécie. Somente os tipos Gadus morhua e Gadus macrocephalus são considerados legítimos. O primeiro é conhecido no Brasil como "Porto" ou "Porto Mohua"; o segundo, como "Portinho" ou "Codinho".
Os famosos e muito consumidos Saithe, Ling e Zarbo não são bacalhau. São peixes secos e salgados e que devem ser comercializados como "tipo bacalhau". O consumidor deve procurar essa informação na embalagem, assim como observar alteração de cor (manchas rosadas ou vermelhas, ou pontuações marrom, indicam a presença de bactérias e fungos), textura (peças amolecidas e limosas indicam a proliferação de bactérias) e odor (cheiro estranho indica contaminação ou início de putrefação), sendo o bacalhau legítimo ou não.
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